Prefeitura confirma atrações para o carnaval em NATAL
Carnaval Multicultural é divulgado em Natal. Foto: Edmo Nathan/celular
Grandes
atrações nacionais e locais estão confirmadas para a realização do
Carnaval Multicultural 2015, promovido pela Prefeitura de Natal. Nomes
como Armandinho, Monobloco, Spok Frevo Orquestra, Elba Ramalho, Morais
Moreira, Silvério Pessoa, Gaby Amarantos e Jorge Aragão farão a alegria
dos natalenses e turistas durante o período carnavalesco. Também
vão marcar presença grandes atrações do cenário local. Cantores como
Khrystal, Lane Cardoso, Leão Neto, Grafith e Cavaleiros do Forró também
estão confirmados nos tradicionais pólos da cidade: Ponta Negra, Centro
Histórico, Redinha e Rocas.
O
secretário municipal de Cultura, Dácio Galvão enfatizou que a
prefeitura busca, com a diversidade de atrações, ressignificar o
carnaval natalense. "A nossa busca é gerar um diálogo multicultural em
uma colcha de retalhos que ressignifica o Carnaval de Natal, para que o
folião daqui se sinta contemplado com essas grandes apresentações",
disse.
O
reinado do Momo começa na quinta-feira, 12 de fevereiro, com o
tradicional Baile de Máscaras, no Largo do Atheneu, quando o prefeito
Carlos Eduardo entrega ao Rei Momo a chave da cidade. A abertura ficará a
cargo do maestro Spok Frevo Orquestra, de Recife (PE), juntamente com
os artistas locais.
A
Prefeitura do Natal disponibilizou através da Secretaria de Cultura
diversas modalidades de editais, chamadas e credenciamento para as
bandas de frevo, troças, blocos, tribos de índios, escolas de samba e
artistas de diversos gêneros.
O total do investimento com o Carnaval Multicultural por parte da Prefeitura será de R$ 1.327,100,00. Atrações nacionais confirmadas para o Carnaval 2015: Quinta-feira (12/02) - Spok Frevo Orquestra (Abertura do Carnaval)
O câncer de mama é um tumor
maligno que se desenvolve na mama como consequência de alterações
genéticas em algum conjunto de células da mama, que passam a se dividir
descontroladamente. Ocorre o crescimento anormal das células mamárias,
tanto do ducto mamário quanto dos glóbulos mamários. O câncer da mama é o
tipo de câncer que mais acomete as mulheres em todo o mundo, sendo 1,38
milhões de novos casos e 458 mil mortes pela doença por ano, de acordo
com a Organização Mundial de Saúde (OMS). A proporção de câncer de mama
em homens e mulheres é de 1:100 - ou seja, para cada 100 mulheres com
câncer de mama, um homem terá a doença. No Brasil, o Ministério da Saúde
estima 52.680 casos novos em um ano, com um risco estimado de 52 casos a
cada 100 mil mulheres. Segundo dados da Sociedade Brasileira de
Mastologia, cerca de uma a cada 12 mulheres terão um tumor nas mamas até
os 90 anos de idade.
Tipos
Existem diversos tipos e
subtipos de câncer de mama. No geral, o diagnóstico para o câncer de
mama leva em conta alguns critérios: se o tumor é ou não invasivo, seu
tipo tipo histológico, avaliação imunoistoquímica e seu estadio
(extensão):
Tumor invasivo ou não
Um câncer de mama não
invasivo, também chamado de câncer in situ, é aquele que está contido em
algum ponto da mama, sem se espalhar para outros órgãos - a membrana
que reveste o tumor não se rompe, e as células cancerosas ficam
concentradas dentro daquele nódulo. Já o câncer de mama invasivo
acontece quando essa membrana se rompe e as células cancerosas invadem
outros pontos do organismo. Todo câncer de mama in situ tem potencial
para se transformar em um câncer de mama invasor.
Avaliação Imunoistoquímica
Também chamada de IQH, a
avaliação imunoistoquímica para o câncer de mama avalia se aquele tumor
tem os chamados receptores hormonais. Aproximadamente 65 a 70% dos
cânceres de mama tem esses receptores, que são uma espécie de
ancoradouro para um determinado hormônio. Existem três tipos de
receptores hormonais para o câncer de mama: o de estrógeno, o de
progesterona e o de HER-2. Esses receptores fazem com que o determinado
hormônio seja atraído para o tumor, se ligando ao receptor e fazendo com
que essa célula maligna se divida, agravando o câncer de mama.
A progesterona e o estrógeno
são hormônios que circulam normalmente por nosso organismo, que podem
se ligar aos receptores hormonais do câncer de mama, quando houver. Já o
HER-2 (sigla para receptor 2 do fator de crescimento epidérmico humano)
é um gene que pode ser encontrado em todas as células do corpo humano,
que tem como função ajudar a célula nos processos de divisão celular. O
gene HER-2 faz com que a célula produza uma proteína chamada proteína
HER-2, que fica na superfície das células. De tempos em tempos, a
proteína HER-2 envia sinais para o núcleo da célula, avisando que chegou
o momento da divisão celular. Na mama, cada célula possui duas cópias
do gene HER-2, que contribuem para o funcionamento normal destas
células. Porém, em algumas pacientes com câncer de mama, ocorre o
aparecimento de um grande número de genes HER-2 no interior das células
da mama. Com o aumento do número de genes HER-2 no núcleo, ficará também
aumentado o número de receptores HER-2 na superfície das células.
Tipo histológico
O tipo histológico é como se
fosse o nome e o sobrenome do câncer de mama. Os tipos histológicos de
câncer de mama se dividem em vários subtipos, de acordo com fatores como
a presença ou ausência de receptores hormonais e extensão do tumor. Os
tipos mais básicos de câncer de mama são:
Carcinoma ducta in situ:é
o tipo mais comum de câncer de mama não invasivo. Ele afeta os ductos
da mama, que são os canais que conduzem leite. O câncer de mama in situ
não invade outros tecidos nem se espalha pela corrente sanguínea, mas
pode ser multifocal, ou seja, pode haver vários focos dessa neoplasia na
mesma mama. Caracterizase pela presença de um ou mais receptores
hormonais na superfície das células.
Carcinoma ductal invasivo:ele
também acomete os ductos da mama, e se caracteriza por um tumor que
pode invadir os tecidos que os circundam. O câncer de mama do tipo
ductal invasivo representa de 65 a 85% dos cânceres de mama invasivos.
Esse carcinoma pode crescer localmente ou se espalhar para outros órgãos
por meio de veias e vasos linfáticos. Caracteriza-se pela presença de
um ou mais receptores hormonais na superfície das células.
Carcinoma lobular in situ:
ele se origina nas células dos lobos mamários e não tem a capacidade de
invasão dos tecidos adjacentes. É um tipo de câncer de mama que
frequentemente é multifocal. O carcinoma lobular in situ representa de 2
a 6% dos casos de câncer de mama.
Carcinoma lobular invasivo:
ele também nasce dos lobos mamários e é o segundo tipo mais comum de
câncer de mama. O carcinoma lobular invasivo pode invadir outros tecidos
e crescer localmente ou se espalhar. Geralmente apresenta receptores de
estrógeno e progesterona na superfície das células, mas raramente a
proteína HER-2.
Carcinoma inflamatório:
raramente apresenta receptores hormonais, podendo ser chamado de triplo
negativo. Ele é a forma mais agressiva de câncer de mama – e também a
mais rara. O carcinoma inflamatório se apresenta como uma inflamação na
mama e frequentemente tem uma grande extensão. O câncer de mama do tipo
inflamatório também começa nas glândulas que produzem leite. As chances
dele se espalhar por outras partes do corpo e produzir metástases são
grandes.
Doença de Paget: é
um tipo de câncer de mama que acomete a aréola ou mamilos, podendo
afetar os dois ao mesmo tempo. Ele representa de 0,5 a 4,3% de todos os
casos de carcinoma mamário, sendo portando uma forma mais rara. Ele é
caracterizado por alterações na pele do mamilo, como crostas e
inflamações – no entanto, também pode ser assintomático. Existem duas
teorias para explicar a origem da doença de Paget da mama: as células
tumorais podem crescer nos ductos mamários e progredir em direção à
epiderme do mamilo, ou então as células tumorais se desenvolvem já na
porção terminal dos ductos, na junção com a epiderme.
Estadiamento da doença
O câncer de mama é dividido
em quatro estadios ou estágios, conforme a extensão da doença, que vão
do 0 ao 4:
Estadio 0: as células cancerosas ainda estão contidas nos ductos, por isso o problema é quase sempre curável
Estadio 1: tumor com menos de 2 cm, sem acometimento das glândulas linfáticas da axila
Estadio 3:
nódulo com mais de 5 cm que pode alcançar estruturas vizinhas, como
músculo e pele, assim como as glândulas linfáticas. Mas ainda não há
indício de que o câncer se espalhou pelo corpo
Estadio 4:
tumores de qualquer tamanho com metástases e, geralmente, há
comprometimento das glândulas linfáticas. No Brasil cerca de 60 a 70%
dos casos são diagnosticado em estadio 3 ou 4.
Fatores de risco
Os principais fatores de risco para o câncer de mama são:
Histórico familiar
Os critérios para
identificar o risco genético que uma mulher tem de sofrer um câncer de
mama são:
Dois ou mais parentes de primeiro grau com câncer de mama
Um parente de primeiro grau e dois ou mais parentes de segundo ou terceiro grau com a doença
Dois parentes de primeiro grau com câncer de mama, sendo que um teve a doença antes de 45 anos
Um parente de primeiro grau com câncer de mama bilateral
Um parente de primeiro grau com câncer de mama e um ou mais parentes com câncer de ovário
Um parente de segundo ou terceiro grau com câncer de mama e dois ou mais com câncer de ovário
Três ou mais parentes de segundo ou terceiro grau com câncer de mama
E dois parentes de segundo ou terceiro grau com câncer de mama e um ou mais com câncer de ovário.
Idade
As mulheres entre 40 e 69
anos são as principais vítimas de câncer de mama. Isso porque a
exposição ao hormônio estrógeno está no auge com a chegada dessa idade. A
partir dos 50 anos, particularmente, os riscos entram em uma curva
ascendente.
Menstruação precoce
A relação entre menstruação e
câncer de mama está no fato de que é no início desse período que o
corpo da mulher passa a produzir quantidades maiores do hormônio
estrógeno. Esse hormônio em quantidades alteradas facilita a
proliferação desordenada de células mamárias, resultando em um tumor.
Quanto mais intensa e duradoura é a ação do hormônio nas células
mamárias, maior é a probabilidade de um tumor. Se a primeira menstruação
ocorre por volta dos 9 ou 10 anos de idade, é porque os ovários
intensificaram a produção do hormônio cedo e, assim, o organismo ficará
exposto ao estrógeno por mais tempo no decorrer da vida.
Menopausa tardia
A lógica nesse caso é a
mesma do caso acima - enquanto a menstruação não cessa, os ovários
continuam a produzir o estrógeno, deixando as glândulas mamárias mais
expostas ao crescimento celular desordenado.
Reposição hormonal
Muitas mulheres procuram a
reposição hormonal para diminuir os sintomas da menopausa. Mas essa
reposição - principalmente de esteroides, como estrógeno e progesterona -
pode aumentar as chances de câncer de mama. Na menopausa, os tecidos
ficam ainda mais sensíveis à ação do estrógeno, já que os níveis desse
hormônio estão baixos devido à ausência de sua produção pelo ovário.
Como alternativa à reposição hormonal, é indicada a prática de
exercícios físicos e uma dieta balanceada.
Colesterol alto
O colesterol é a gordura que
serve de matéria prima para a fabricação do estrógeno. Dessa forma,
mulheres que altos níveis de colesterol tendem a produzir esse hormônio
em maior quantidade, aumentando o risco de câncer de mama.
Obesidade
O excesso de peso é um fator
de risco para o câncer de mama principalmente após a menopausa. Isso
porque a partir dessa idade o tecido gorduroso passa a atuar como uma
nova fábrica de hormônios. Sob a ação de enzimas, a gordura armazenada
nas mamas, por exemplo, é convertida em estrógeno. O alerta é mais sério
para aquelas que apresentam um índice de massa corporal (IMC) igual ou
superior a 30. A redução de apenas 5% do peso já cortaria quase pela
metade os riscos de desenvolver alguns dos principais tipos de câncer de
mama. A constatação é de pesquisadores do Centro de Prevenção Fred
Hutchinson (EUA), com base na avaliação de dados de 439 mulheres acima
do peso entre 50 e 75 anos de idade.
Ausência de gravidez
Mulheres que nunca tiveram
filhos têm mais chances de ter câncer de mama devido a ausência de
amamentação. Quando a mulher amamenta, ela estimula as glândulas
mamárias e diminui a quantidade de hormônios, como o estrógeno, em sua
corrente sanguínea.
Lesões de risco
Já ter apresentado algum
tipo de alteração na mama não relacionada ao câncer de mama também pode
aumentar as chances do surgimento de tumores. Dessa forma, pequenos
cistos ou calcificações encontrados na mama, ainda que benignos, devem
ser acompanhados com atenção.
Tumor de mama anterior
Pacientes que já tiveram
câncer de mama têm mais chances de apresentar outro tumor - nesse caso, o
câncer de mama é chamado de câncer recidivo, ou um câncer de mama que
sofreu uma recidiva.
Mais sobre Câncer de mama
Câncer de mama e seus direitos
Reabilitação
profissional: o serviço da Previdência Social visa readaptar ou reeducar
o profissional para o retorno ao trabalho, com o fornecimento de
materiais necessários à reabilitação (tais como taxas de inscrição em
serviços profissionalizantes e auxílios para transporte e alimentação).
Todos os segurados da Previdência têm direito à reabilitação.
Auxílio-doença:
você terá direito ao benefício mensal desde que fique por mais de 15
dias com incapacidade para o trabalho atestada por perícia médica da
Previdência Social e que tenha contribuído com o INSS por no mínimo 12
meses (embora haja exceções). Compareça pessoalmente ou por intermédio
de procurador a uma agência da Previdência Social, preencha o
requerimento, apresente a documentação exigida e agende a perícia. O
auxílio-doença deixará de ser pago quando você recuperar a capacidade
para o trabalho, ou caso o direito se reverta em aposentadoria por
invalidez.
Aposentadoria
por invalidez: você terá direito ao benefício se for segurada da
Previdência Social e a perícia constatar que está incapacitada
permanentemente par ao trabalho. Via de regra, é preciso ter contribuído
com o INSS por, no mínimo, 12 meses para obter o benefício. Compareça
pessoalmente ou por procurador a uma agência da Previdência Social,
preencha o requerimento, apresente a documentação exigida e agende a
perícia. Você ainda pode requerer o auxílio-doença pela internet, no
site da Previdência Social ou pelo telefone gratuito 135.
Isenção de
imposto de renda: você tem direito à isenção do imposto de renda sobre
os valores recebido a título de aposentadoria, pensão ou reforma,
inclusive as complementações recebidas de entidades privadas e pensões
alimentícias, mesmo que a doença tenha sido adquirida após a concessão
da aposentadoria, pensão ou reforma. Procure o órgão responsável pelo
pagamento da aposentadoria, pensão ou reforma e solicite a isenção do
imposto de renda que incide sobre esses rendimentos.
IPTU: não
existe uma legislação nacional que garanta a isenção do IPTU para
pessoas com determinadas patologias, como o câncer de mama, mas, como se
trata de um imposto municipal, algumas cidades já garantes a isenção.
Informe-se na Secretaria de Finanças do seu município.
Cirurgia de
reconstrução mamária: você tem direito a realizar a cirurgia reparadora
gratuitamente, tanto pelo SUS como pelo plano de saúde. Se estiver em
tratamento no SUS, exija o agendamento da cirurgia no próprio local e,
se não estiver, dirija-se a uma Unidade Básica de Saúde e solicite seu
encaminhamento para uma unidade especializada em reconstrução mamária.
Pelo Plano de Saúde, consulte um cirurgião credenciado.
Compartilhando a experiência
A solidão pode ser um
sentimento que assola a paciente com câncer de mama. Mas lembre-se que
você não está sozinha. Peça ajuda, compartilhe sua experiência, procure
centros e locais que façam terapia em grupo. Dissemine seu conhecimento e
sua luta contra o câncer de mama e ajude a quebrar o estigma que existe
em torno da doença. Incentive as mulheres a fazer a mamografia,
converse com suas amigas e colegas sobre a importância do exame. Relate
sua experiência para entidades de apoio ao paciente ou crie um blog para
dividir suas questões com os leitores.
Perguntas frequentes
Qual a porcentagem de cânceres de mama que acontecem por conta da mutação genética?
A população geral tem cerca
de 10 a 12% de riscos de desenvolver a doença. De acordo com a Sociedade
Brasileira de Mastologia, a presença da mutação entre os casos de
câncer de mama gira em torno de 5 a 10%, sendo que 5% de todos os
cânceres de mama são de mulheres com a mutação genética BRCA. Por isso, a
maneira mais segura de tratar e prevenir é visitar o seu mastologista,
quando indicado, e seguir suas orientações.
Uma pessoa que tem risco comprovado para câncer de mama pode fazer uma mastectomia preventiva?
Uma mulher com alto risco
para câncer de mama pode, sim, optar por fazer a mastectomia preventiva.
A mastectomia preventiva mamária consiste na retirada da região interna
da mama - ou seja, da glândula mamária juntamente com os ductos
mamários - que são os locais onde pode acontecer a formação de um tumor.
Com a retirada do interior da mama, os riscos de câncer reduzem em até
90%. As chances do câncer ainda existem porque 10% do tecido mamário é
preservado para a nutrir a pele, auréola e mamilo. Na cirurgia sempre
serão removidas as duas mamas, daí a denominação de dupla mastectomia
preventiva.
Existem também tratamentos
que usam os chamados anti-hormônios ou moduladores hormonais, que inibem
a produção de estrógeno e impedem as células da mama de se
multiplicarem. Esse tratamento, no entanto, é recomendado apenas para
cânceres de mama hormonais - ou seja, que acontecem ou podem acontecer
em decorrência de alterações hormonais - não sendo indicado para pessoas
que tem o risco genético, por exemplo.
Para pacientes com risco
genético, uma alternativa é redobrar a atenção e acompanhamento da
mamas, partindo para exames de rastreamento, como ultrassom de mamas e
mamografias, em intervalos de tempos mais curtos, a cada seis meses, por
exemplo, dependendo do que o seu médico considerar mais seguro. O
objetivo nesse caso é identificar o câncer numa fase muito precoce e
iniciar o tratamento adequado a partir desse diagnóstico.
Sintomas de Câncer de mama
A maioria dos tumores da
mama, quando iniciais, não apresenta sintomas. Caso o tumor já esteja
perceptível ao toque do dedo, é sinal de que ele tem cerca de 1 cm³ - o
que já uma lesão muito grande. Por isso é importante fazer os exames
preventivos na idade adequada, antes do aparecimento de qualquer sintoma
do câncer de mama. Entretanto, o nódulo não é o único sintoma de câncer
de mama. Veja outros sinais:
Vermelhidão na pele
Alterações no formato dos mamilos e das mamas
Nódulos na axila
Secreção escura saindo pelo mamilo
Pele enrugada, como uma casca de laranja
Em estágios avançados, a mama pode abrir uma ferida.
Os pedidos ainda não chegaram oficialmente à Secretaria Estadual de
Saúde Pública (Sesap), mas o secretário Luiz Roberto Fonseca, conversou
45 minutos, no começo da noite de ontem, com cinco cirurgiões vasculares
que estão se demitindo do Hospital Walfredo Gurgel. São eles: Gutemberg
Gurgel, Edson Barreto, Davi Rosado, Ricardo Wagner e José Linhares.
Destes, o secretário de Saúde do Estado disse que há pelo menos um mês
já sabia de um pedido de exoneração, que ainda não chegou às suas mãos,
do médico Gutemberg Gurgel, enquanto outro dos sete cirurgiões
vasculares lotados no HWG estavam encaminhando sua aposentadoria.
Júnior SantosReunião entre Luiz Roberto e médicos busca alternativas para não prejudicar atendimento
A
saída dos cirurgiões vasculares do HWG ocorre, praticamente, dois meses
depois de a Sesap exigir que os médicos passassem a prestar serviços
de carga horária complementar, através de contratação feita pela
Cooperativa Médica, presencialmente. Até março deste ano, os cirurgiões
vasculares que tinham plantões complementares pela Cooperativa Médica
ficavam de sobreaviso.
O secretário Luiz Roberto Fonseca
afirmou, ontem, logo depois da reunião em seu gbinete, que respeita a
decisão dos médicos, mas enquanto for o titular da Sesap não vai
concordar com essa modalidade de prestação de serviço, “porque não
existe possibilidade jurídica” para assim mantê-lo.
Segundo o
secretário, os cirurgiões vasculares trabalham em plantões de 12 horas,
mas a escala - como não existem profissionais suficientes na área - , é
feita com dois profissionais, um fica de plantão presencial e outro de
sobreaviso, para o caso dos contratos pelo regime estatutário.
O
secretário Luiz Roberto informou ainda que um plantão médico pela
cooperativa é pago à razão de R$ 1,2 mil (por plantão) a cada cirurgião
vascular. Ele ofereceu a eles uma elevação no valor dos plantões para R$
1,9 mil, o que já é pago para os neurocirurgiões e cirurgiões
ortopedistas, por exemplo. “Não posso pagar outro valor que seja
diferente dos demais profissionais”, continuou o secretário.
No
caso de não haver um acordo com os cirurgiões vasculares e eles
confirmarem os pedidos de exonerações, o secretário de Saúde disse que
uma alternativa para não deixar a população sem a prestação desse
serviço, que é imprescindível num hospital referenciado em traumatologia
como o HWG, “é abrir uma licitação nacional para a contratação
terceirizada de outros profissionais”.
Carlos Eduardo Alves arrancou de Henrique o compromisso de apoios
para o PDT eleger um deputado federal e dobrar cadeiras na AL.
Que o PDT está em pé de guerra com PMDB, PR e PSB, todo mundo já
sabe. A grande dúvida é a reação de Carlos Eduardo Alves. Poucos
acreditam que o prefeito de Natal volte atrás na decisão de apoiar
Henrique Eduardo Alves.
As bases do PDT ameaçam romper com o bloco que forma o projeto
eleitoral de Henrique caso não receba apoios na chapa proporcional - a
legenda de Carlos Eduardo almeja eleger um federal e dobrar a
representação na Assembleia Legislativa.
O argumento do PDT é que abriu mão de vaga na chapa majoritária em favor de espaços para o legislativo. Falta reciprocidade.
Para contar com o apoio do PDT, Henrique Eduardo Alves se comprometeu
em abrir espaços para o partido do prefeito Carlos Eduardo Alves. Mas o
que se vê na realidade é o PDT alijado do parlamento. Sem chance de
emplacar o federal e correndo riscos na composição da futura AL.
Às vésperas das convenções partidárias, o PDT não recebeu um apoio
sequer. Nada do que foi prometido saiu do campo da promessa, não passou
das boas intenções.
A principal reclamação dos pedetistas ocorre no projeto para eleger
um deputado federal. Henrique Eduardo Alves deu lugar a Walter Alves no
PMDB. João Maia, pré-candidato a vice, colocou a irmã Zenaide Maia para
disputar a vaga que ocupa em Brasília pelo PR. E Wilma de Faria (PSB)
teria compromisso com Rogério Marinho (PSDB).
"Alguém tem de abrir espaços para o PDT, como foi prometido. Senão,
vamos ter de reavaliar o apoio para chapa majoritária", disse o
dirigente do PDT.
Setores do PDT Jovem e do PDT Mulher já externaram a insatisfação e querem uma posição firme da cúpula do partido.
Termino o comentário do jeito que eu comecei: a grande dúvida reside na reação de Carlos Eduardo Alves e também de Agnelo Alves.
O componente familiar tem pesado como nunca na opção de Carlos Eduardo no apoio a Henrique.
Fala-se que ele seria grato a Henrique e também a Garibaldi pelas portas abertas do governo federal à administração em Natal.
Pode ser. Mas há quem diga que o compromisso com Henrique Alves foi
fechado durante a campanha municipal, quando Carlos Eduardo correu sério
risco de de diplomação por conta da cassação imposta pela então
formação da Câmara Municipal sob a influência da borboleta Micarla de
Sousa.
Comenta-se que o prestígio de Henrique Eduardo em Brasília salvou o
mandato de Carlos Eduardo, um pedido do tio Agnelo com a chancela de
toda a família Alves naquela ocasião.
Um detalhe: naquela eleição, o candidato do PMDB era Hermano Morais.
Mesmo com documentos em mãos, o deputado tentou desmentir O Jornal de Hoje; Agora, assume intenção de se afastar por invalidez
A transparência que o deputado federal Paulo Wagner, do PV, tanto fala em seu programa de rádio pela internet pode ter faltado a ele mesmo quando se trata do pedido de aposentadoria por invalidez que ele requereu na Câmara Federal, em Brasília. Afinal, pouco tempo depois de negar a reportagem d’O Jornal de Hoje que havia feito o pedido oficial a Casa, mesmo com o JH com documentos em mãos que mostravam o contrário, agora, Paulo Wagner confirmou o interesse na aposentadoria.
E disse mais: se não conseguir a aposentadoria até as eleições, vai para a reeleição para ter mais quatro anos para isso. A solicitação, agora confirmada por Paulo Wagner, teria sido embasada na situação de saúde do parlamentar, que já teria implantado quatro stents e perdido um dos rins.
O pedido foi protocolado em agosto do ano passado na Casa Legislativa, mas pouco andou nas mãos do colega de bancada potiguar, o presidente da Câmara Federal, Henrique Eduardo Alves. Como com ele não resolveu, mesmo depois que Paulo Wagner anunciou o apoio a ele na disputa pelo Governo do Estado, o deputado do PV procurou o ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, do PMDB. A intenção seria conseguir uma perícia médica para embasar o pedido de aposentadoria.
SEM TRANSPARÊNCIA
No dia 17 de abril, O Jornal de Hoje teve acesso ao pedido de aposentadoria por invalidez, feito pelo deputado federal Paulo Wagner e buscou a assessoria de imprensa do parlamentar, que negou a hipótese dele ter solicitado a aposentadoria e, também, que ele poderia não disputar a reeleição neste ano para a Casa Legislativa – as duas informações, no entanto, foram agora negadas por Wagner.
Outra falta de transparência do parlamentar do PV, facilmente percebida, é que ele confirmou o pedido, mas disse não saber se terá os rendimentos integrais do cargo de deputado federal. Entretanto, quando apresentou o pedido baseado em parecer dos médicos Jezreel Avelino da Silva, Marília Bonfim e Silva de Morais e Paulo Nery de Oliveira, Paulo Wagner alegou que “é portador da patologia elencada na Lei nº 9.506, de 1997, art. 2º, inciso I, alínea ‘a’”.
E, no artigo 2º, é afirmado: “o Senador, Deputado Federal ou suplente que assim o requerer, no prazo de trinta dias do início do exercício do mandato, participará do Plano de Seguridade Social dos Congressistas, fazendo jus à aposentadoria: I – com proventos correspondentes à totalidade do valor obtido na forma do § 1º: a) por invalidez permanente, quando esta ocorrer durante o exercício do mandato e decorrer de acidente, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificadas em lei”.
Além disso, o parlamentar também apoiou a Proposta de Emenda à Constituição 170/2012 (PEC 170), de autoria da deputada federal Andreia Zito (PSDB-RJ), que garante proventos integrais aos servidores públicos aposentados por invalidez permanente, independentemente do tipo de doença. “Espero que essa PEC, vá, imediatamente, para julgamento na Câmara, porque vou estar lá não só para votar, mas fazendo pressão e dizendo aos meus ilustres colegas para votar a favor dos aposentados por invalidez porque eles precisão”, afirmou Paulo Wagner, por meio do seu programa de rádio na internet – no mesmo dia, ele ressaltou a importância dos deputados agirem com transparência diante de seus eleitores.
REELEIÇÃO
Se legisla em causa própria ou não quando defende a PEC 170/2012, o fato é que Paulo Wagner confirmou ter um “plano B” para o caso da aposentadoria, mesmo com os “amigos” Henrique e Garibaldi, não ser viabilizada até o segundo semestre: deverá tentar a reeleição para a Casa Legislativa federal. Dessa forma, ele terá, pelo menos, mais quatro anos para conseguir concretizar o pedido. (CM)
Garotas de programa chegam a se deslocar de
outras cidades para atender à demanda; prefeitos pagam até R$ 1 mil por
um programa e R$ 500 por uma garrafa de uísque 8 anos
A 17ª Marcha dos Prefeitos movimentou de forma anormal não apenas os
corredores do Congresso Nacional e o trânsito na Esplanada dos
Ministérios. Outro círculo também se preparou para absorver a
movimentação dos prefeitos que vieram do Brasil todo para o encontro.
Prostitutas que fazem ponto nas boates mais conhecidas da capital
federal também se prepararam para o trabalho extra. Além dos chefes dos
executivos municipais, contribuem com a prosperidade do mercado de sexo
nos três de dias do evento assessores e vereadores.
Desde o início da semana, muitas garotas de programa se disseram
empolgadas com um crescimento do movimento. Uma delas, que trabalha há
aproximadamente cinco anos e se identificou como Morgana, contou que a
Marcha dos Prefeitos tem sido um dos principais eventos das
profissionais do sexo. “É muita gente e sem dúvida a demanda cresce
nesse período. Depois desse encontro de prefeitos, as coisas vão
melhorar apenas na Copa do Mundo”, afirma Morgana.
Eduarda, outra profissional do sexo que a reportagem manteve contato,
também revelou animação com o encontro de Prefeitos. “É um período que
dá para faturar fácil. Muitos prefeitos aproveitam para fazer em
Brasília o que não podem fazer em casa”, admite ela, funcionária de uma
casa noturna. “Mas é bom ficar de olho. Muitos deles (clientes) são
muito discretos, hoje tem muita mídia em cima”, acrescenta ela. “Tá
parecendo pescaria, nem dá tempo de sair do táxi que alguém já fisga. Tá
demais essa Brasília”, ilustrou um deputado da base governista sobre a
agitação do mercado do sexo durante esta semana.
O preço do programa varia bastante, dependendo do perfil da
prostituta e do local da abordagem. Em geral os valores giram entre R$
200 e R$ 500 em alguns dos pontos visitados pela reportagem, mas o
movimento ajuda a puxar os preços. Uma das garotas conta que conseguiu
subir o valor para R$ 1 mil.
Concorrência das forasteiras
A demanda incomum que gera disputa entre as garotas de Brasília atrai
também profissionais de fora da capital federal. Na Alfa Pub, que fica
na região central de Brasília, um dos funcionários revela que a notícia a
respeito do Encontro de Prefeitos atrai garotas que trabalham em
Goiânia, mas que não hesitam em percorrer os cerca de 200 quilômetros
que separam a cidade de Brasília para faturar um extra. A chegada das
goianas acirra a concorrência, mas os clientes não reclamam do aumento
da oferta. A reportagem presenciou a animação de prefeitos que chegavam
ao local. Inicialmente tímidos, eles logo entravam no clima.
Mas o movimento incomum e tudo aquilo que a clientela de fora da
cidade traz atrapalha o mercado, na opinião de algumas garotas de
programa. É a opinião de Camille, por exemplo, que forneceu cartão para
reportagem perto do Alfa. “Muitos políticos vêm de lugares que não têm
muitos recursos financeiros. Eles vêm justamente atrás de verbas e não
têm muito dinheiro para gastar com garota de programa e isso acaba
tumultuando. Talvez a presença deles seja boa para aquelas que cobram
mais barato, para mim não”, diz ela.
Funcionários da casa noturna Apple’s, uma das principais de Brasília,
admitiram que a movimentação atípica não mexe somente no quadro de
garotas disponíveis, mas também cobra uma atenção especial com o bar. Em
dias como terça-feira, por exemplo, o movimento foi comparado ao entra e
sai dos finais de semana, quando o trânsito de clientes é maior. A
boate preparou seu estoque de bebidas com essa previsão.
Taxistas também ficaram animados com a possibilidade de um lucro a
mais com o encontro de prefeitos. Eles admitiram que recebem R$ 50 das
boates para cada político que eles conseguem levar para as casas de
strip-tease. Um taxista que preferiu não se identificar admitiu que
somente na noite da última terça-feira, levou seis prefeitos a uma casa
de strip-tease.
Dentro das boates, a movimentação foi intensa na última terça-feira.
Na Apple´s Night Club, conseguiu se identificar pelo menos 30 prefeitos
de cidades do Ceará, Santa Catarina, Acre, Paraíba e Piauí. Por volta
das 23h20, por exemplo, chegou na Apple’s, de uma só vez, uma comitiva
com cinco prefeitos cearenses em busca de diversão. Havia petistas,
pemedebistas e petebistas entre os prefeitos identificados.
A rede hoteleira, superlotada, também viveu dias atípicos. A
movimentação das prostitutas chamavam a atenção até mesmo os
funcionários, acostumados com o assedio das profissionais do sexo a
alguns clientes. Houve até quem relatasse ter sido abordado nos
corredores de um hotel de luxo. “O senhor é prefeito?”, perguntou uma
prostituta a um dirigente partidário que estava apenas de passagem por
Brasília na quarta-feira e se hospedou num hotel de luxo da capital.
A proximidade do setor hoteleiro é uma vantagem da Alfa Pub. A
entrada do bar, que não passa de um salão tosco com mesas e um balcão
sem um pingo de glamour, fica a menos de 50 metros da entrada de um
hotel. Algumas profissionais se revezam entre o bar, no qual pagam R$ 40
de entrada, e as adjacências. Muitas conseguem emplacar um programa
atraindo clientes do hotel. As meninas que fazem ponto no bar enfrentam
ainda a concorrência de colegas que atuam do lado de fora.
Além das prostitutas que trabalham na rua, muitas fazem ronda, dentro
do carro. Distribuem cartões e fazem ofertas aos transeuntes. Algumas
roubam clientes do bar esbanjando simpatia e sensualidade e fecham o
programa com clientes que estão a caminho do Alfa, mas, seduzidos no
caminho, desistem do bar e vão direto ao que interessa.
Concorrência online
Apesar do crescimento notado pelos profissionais que trabalham nas
boates, alguns admitem que já houve dias melhores. Funcionário do Star
Night, casa que a exemplo do Alfa Pub funciona como ponto de encontro,
admite que o assédio da mídia e reportagens que falam sobre a orgia dos
políticos na capital provocaram a desconfiança geral. Muitos preferem
usar portais especializados em oferecer o serviço de garotas de programa
a ter de comparecer a uma boate.
A disseminação de celulares com câmera também contribuiu para
aumentar o receio dos prefeitos. “Hoje em dia, qualquer um saca o
celular e faz uma foto. Eles ficam com medo”, diz um funcionário da Star
Night. Segundo o mesmo funcionário, esse tipo de coisa relativizou o
crescimento do movimento em algumas casas, sobretudo as menores e
aquelas que, ao contrário da Apple’s, não oferecem nenhum diferencial,
como shows de strip-tease. Além disso, a expectativa em torno da Copa do
Mundo deixou todo o mercado relativamente preparado. E a Copa das
Confederações funcionou como laboratório para os proprietários.
A internet só não consegue suprir o desejo dos grupos que, além de
sexo, procuram um ambiente para farrear ao lado de garotas de programa
em confraternizações regadas a muito álcool. Um garçom do Alfa Pub conta
que os grupos esvaziam garrafas de uísque com uma velocidade que chama
atenção até dos consumidores mais assíduos. “Em meia hora eles acabam
com uma garrafa de uísque”, diz o garçom. A garrafa do scotch mais
barato, envelhecido 8 anos, sai por R$ 500, mas se escolher bebericar em
doses a mesma quantia custa R$ 720. O mesmo uísque é vendido em
mercados da cidade por R$ 80. Na Apple’s, uma lata de cerveja chega a
custar R$ 25, a mesma cerveja é vendia a R$ 2 em mercados de Brasília. A
caipirinha feita com vodka é vendida por R$ 45.