sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Rainhas de Bateria no Paparazzo

Paparazzo

Renata Santos e Gracyanne Barbosa, rainhas de bateria da Mangueira e da Unidos da Tijuca, respectivamente, posaram para o Paparazzo em um ensaio especial de carnaval. O pagodeiro Belo, marido de Gracyanne, assistiu a tudo de pertinho.











Veja + das Rainhas de Bateria no link abaixo

http://ego.globo.com/paparazzo/ensaio/rainhas-de-bateria.html

Garoto tetraplégico ganha marca-passo para respirar sem ajuda de aparelhos

Saúde



Garoto tetraplégico ganha marca-passo para respirar sem ajuda de aparelhosSÃO PAULO - Pedro Arthur Diniz, de 8 anos, foi a primeira criança brasileira a receber um marca-passo no diafragma para dispensar o tubo de oxigênio que o mantém respirando artificialmente. O menino teve meningite bacteriana, ficou tetraplégico e perdeu a capacidade de respirar sozinho.

A cirurgia para implante do marca-passo foi realizada no início do mês no hospital Albert Einstein. Os custos do procedimento (cerca de R$ 500 mil) foram pagos pelo governo de Minas Gerais, por ordem judicial.

O marca-passo foi ligado na semana passada e o tubo de oxigênio que fica preso na traqueostomia do menino, desconectado. Pela primeira vez desde que ficou tetraplégico, o diafragma de Pedro passou a se contrair, permitindo a ele respirar sem ter de ficar preso ao tubo de oxigênio. 'A sensação é muito boa', disse o menino, que sorriu após o aparelho funcionar.

A doença. A luta de Pedro para sobreviver começou em 2006, quando ele foi diagnosticado com meningite bacteriana depois de uma crise convulsiva. Na época, ele tinha 1 ano e meio e não havia recebido a vacina por falta de informação ela não estava na rede pública e os pais não foram orientados pelo pediatra a fazer a imunização particular.

Rodrigo Diniz Junqueira Rocha, de 37 anos, pai do menino, diz que desde bebê ele emitia sinais que não foram identificados pelo médico pediatra, que nunca suspeitou de meningite nem informou a família de que existia vacina contra a doença que só era vendida em clínicas particulares, por R$ 280 cada dose (as crianças tomam três doses).

'Ele era uma criança que ficava uma semana boa, uma semana ruim, estava sempre febril. Mas o pediatra só dava remédio e mandava de volta para casa. Para nós, a carteira de vacinação dele estava em dia', diz o pai.

Convulsão. Em um certo dia, depois de brincar de bola com o filho, Diniz percebeu que Pedro estava cansado demais e resolveu levá-lo novamente ao médico que mais uma vez o liberou. 'Resolvi levá-lo a um hospital. Ele teve uma crise convulsiva e o internaram imediatamente. O médico suspeitou na hora de meningite', conta Diniz.

Após uma série de exames e convulsões consecutivas, o diagnóstico foi confirmado: Pedro tinha meningite bacteriana tipo C, contraída provavelmente por uma sinusite que não tinha sido diagnosticada quando era bebê.

'O impacto de você um dia jogar bola com seu filho e no outro dia vê-lo no hospital convulsionando, amarrado numa cama e entubado é muito forte. Nunca lamentamos a doença de Pedro, mas é muito difícil para pais de primeira viagem', diz.

Segundo Diniz, a suspeita dos médicos é de que Pedro tenha ficado doente aos 8 meses por isso dava sinais de cansaço e estava sempre febril. 'Se o pediatra tivesse percebido, poderíamos ter dado a vacina. O Pedro até poderia ter meningite, mas não teria sequelas tão graves', diz.

Tetraplegia. Segundo o pai, Pedro ficou tetraplégico quando teve a primeira convulsão as bactérias provocaram um comprometimento da medula espinhal na altura da nuca. Assim, o menino perdeu todos os movimentos do pescoço para baixo e também a capacidade de respirar sem ajuda de aparelhos. Essa é a sequela mais grave e rara da meningite, já que, em geral, as crianças ficam com déficit neurológico a parte neurológica de Pedro está totalmente preservada.

'O Pedro teve uma sequela no centro respiratório. Isso é muito raro e implantar o marca-passo seria a única forma de ele sair da ventilação mecânica e ter uma qualidade de vida melhor', explica Rodrigo Sardenberg, cirurgião responsável pela cirurgia.

O marca-passo de Pedro fica ligado de duas a três horas por dia e esse tempo será aumentado progressivamente para que haja o condicionamento muscular do diafragma do menino os músculos deixaram de trabalhar espontaneamente desde que ele ficou tetraplégico e, por isso, a ventilação artificial ainda é necessária.

A expectativa de Sardenberg é tirar totalmente a ventilação mecânica de Pedro em, no máximo, seis meses. A partir daí, ele conseguirá respirar apenas com o marca-passo. 'O Pedro começou a ter alguns sinais de respiração espontânea com o uso do aparelho. A nossa esperança é de que chegue um dia em que ele não precise mais nem do marca-passo', diz Sardenberg.

Pedro receberá alta nesta sexta-feira, 24, e vai voltar para Minas. O pai do menino diz que o próximo passo é ir para a China, avaliar como estão as pesquisas com células-tronco na área de tetraplegia e, se for o caso, submeter Pedro à terapia, que ainda precisa de comprovação científica. 'Se existir chances de ele voltar a andar, não vou medir esforços. A medula dele foi comprimida pela doença, mas ainda há um fio de esperança', afirmou o pai.

Tire suas dúvidas sobre a gripe B

Saúde

"Os sintomas são os mesmos de qualquer gripe: febre, tosse, mal-estar geral e, às
vezes, coriza"
A morte de uma tripulante do navio MSC Armonia, ocorrida na última sexta, 17, em Santos, com quadro de gripe B (influenza B), gerou dúvidas sobre uma possível epidemia - assim como aconteceu com a influenza A - a famosa gripe suína - em 2009.

'Não é preciso ficar alarmado', diz a infectologista Nancy Belley, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). 'Os casos de morte por influenza B não são frequentes.'

Também não é surpresa acontecer um surto em uma embarcação. 'Como a transmissão é feita por via aérea, isso facilita o contágio e a propagação de doenças virais', explica Celso Granato, infectologista do Instituto Fleury e da Unifesp. 'Nesses locais, as pessoas ficam juntas por muito tempo, dividindo as mesmas coisas, inclusive os vírus', alerta.

Segundo o especialista, mesmo com a chegada do inverno, e o aumento no número de gripados pelo País, o risco de sofrermos uma epidemia de gripe B é mínimo.

Vale dizer que a circulação de um vírus é sempre imprevisível porque depende do ano e do clima, entre outros fatores. 'Quando um tipo específico de vírus fica muito tempo sem aparecer, tende a causar mais estragos quando volta, já que terá passado por alguma mutação e nosso organismo não está preparado para ela', afirma a infectologista Nancy Belley. 'Por isso é importante estar vacinado.'

GRIPE B: Perguntas e Respostas

Quais são as diferenças entre gripe A e gripe B?

A gripe A infecta não apenas humanos, mas também outros animais, como os suínos e aves. Já a gripe B afeta, basicamente, pessoas. Por isso, o tipo A é mais difundido na natureza e tende a causar grandes epidemias e até mesmo pandemias mundiais. No caso da B, cujo vírus evolui mais lentamente devido a menor variabilidade, o potencial de causar epidemias é pequeno. Mas isso não quer dizer que não possa iniciar um surto - principalmente quando fica muito tempo sem aparecer e depois volta com força total. Um ponto em comum: ambas podem abrir caminho para complicações graves e ocasionar pneumonia viral e bacteriana.

A influenza B é um vírus bem conhecido? Ele costuma causar surtos ou epidemias?

O vírus causador da gripe B não é tão famoso porque nunca tinha ocasionado um situação como agora, com o caso do navio. Ele não é tão frequente, porém não é raro e pode sim oferecer riscos, mas não com a força da influenza A.

Quais são os principais sintomas da gripe B?

Os sintomas são os mesmos da gripe A: o principal deles é a febre de início súbito, que ocorre de 24 a 36 horas depois que o vírus entra em contato com o sistema imunológico. Também pode haver tosse, mal-estar geral, dores de cabeça e dores musculares. Em cerca de 50% dos casos, a pessoa tem coriza. No entanto, a gripe B tem algumas complicações específicas - ainda que menos frequentes: há casos fatais de miocardite, a inflamação do miocárdio (camada que recobre o coração), que pode levar à morte súbita, e encefalites, inflamações agudas do cérebro, mais comuns em crianças e adolescentes.

Existe um grupo de risco da gripe B?

É o mesmo para qualquer tipo de gripe: crianças entre 6 meses e 2 anos de idade e idosos acima de 60 anos, que apresentam saúde mais vulnerável. Não existe um grupo específico que se sobressaia, como ocorreu na epidemia de gripe A, em que gestantes e obesos ficaram mais vulneráveis.

Qual é o tempo de incubação da gripe B?

Em geral, o corpo demora de 1 a 3 dias para dar os primeiros sinais da presença do vírus. Mas já durante a incubação, mesmo sem sintomas, a pessoa pode transmitir a doença. Estudos mostram que 25% das pessoas podem adquirir infecções quando expostas a alguém com vírus. A resposta depende do sistema imunológico de cada um.

Como tratar a gripe B?

Da mesma forma que qualquer outro tipo de gripe: muito repouso, tomar bastante líquido para hidratar o corpo e adotar uma alimentação leve, de preferência com frutas, verduras e legumes.

Pode-se usar remédios como antitérmicos ou até mesmo o tamiflu?

Como ela se assemelha a uma gripe mais comum, está liberado o uso de antitérmicos. Já o Tamiflu não deve ser ingerido porque não tem ação contra a gripe B; é um medicamento específico para o tratamento de gripe A.

Quando é hora de ir ao hospital? Quais sinais são mais preocupantes?

Se o doente apresentar febre alta e falta de ar constante por mais de dois dias, é sinal de que precisa ser avaliado por um médico. É importante também observar a tosse, se é seca ou se apresenta muita secreção. Neste caso, o risco está na secreção amarela ou esverdeada, que pode indicar uma inflamação e possível pneumonia.

Quem está vacinado contra gripe A pode pegar gripe B ou já existe vacina para gripe B?

Não há uma imunização específica para essa doença. Existe apenas a vacina trivalente contra a gripe, que protege contra as influenzas A e B. Entretanto, a vacina só é efetiva se foi tomada recentemente, há menos de um ano. Os efeitos de proteção duram cerca de 6 a 8 meses. Como o vírus sofre mutações, é preciso se vacinar todo ano para garantir proteção.

Como as pessoas podem se prevenir?

A prevenção mais eficaz é a vacinação, principalmente para quem viaja muito. Ainda assim, ela não oferece 100% de eficácia, já que tudo depende do sistema imunológico de cada um. Muita gente não consegue garantir tanta proteção, pois já são mais vulneráveis, como as crianças, idosos e pessoas com problemas graves de saúde. Entretanto, especialistas de saúde afirmam que tomar a vacina faz a diferença mesmo nesses casos.

Apesar de parecer pouco, lavar as mãos sempre que chegar e sair de algum lugar é o que mais ajuda a evitar contaminações. Também é bom evitar o contato com pessoas que estejam gripadas, mesmo que não se saiba qual é o tipo de vírus. Com a chegada do inverno, surge a necessidade de ventilar bem a casa e tentar não deixar as janelas fechadas quando se está em grupo, como nas viagens de ônibus.

É verdade que a vacina pode causar gripe?

Isso é mito. A vacina trivalente não causa gripe, pois não oferece riscos e não deixa o sistema imunológico mais fraco. O que pode acontecer é que, na hora de se vacinar, coincidentemente, a pessoa estava incubando um retrovírus e inicia um processo gripal logo depois.

Há como ficar imune a esses tipos de vírus, como influenzas A e B?

Não existe imunidade total, pois não há vacina universal. Os vírus estão sempre em mutação e isso dificulta o combate. O ideal é se prevenir durante todo o ano.

Receitas caseiras, como tomar cápsulas de vitamina C ou chá de alho, funcionam?

Chás quentes, mel e outros produtos naturais ajudam a aliviar os sintomas da doença, mas não curam nenhum tipo de gripe. Já a vitamina C não é recomendada porque não tem eficácia comprovada cientificamente para evitar e ou tratar gripes e resfriados.

Usar álcool em gel ajuda a prevenir contaminações?

O efeito do álcool em gel é positivo e muito parecido com a lavagem de mãos comum, feita com água e sabão. Quando não é possível passar pela torneira, opte pelo álcool para garantir a higiene e evitar contaminações - principalmente em locais de acesso público, como metrôs e ônibus.

Quais são as diferenças entre gripe e resfriado?

A gripe é causada pelo vírus influenza e tem como primeiro sintoma a febre súbita, que surge acompanhada de cansaço físico. Em alguns casos, o paciente apresenta coriza e tosse, mas isso não é regra.

Já o resfriado é ocasionado pelo vírus do tipo rhinovirus ou coronavírus. Inicialmente, há incômodo na garganta e a pessoa começa a tossir. Também é normal ter dores no corpo, mas não são todos os casos que apresentam febre

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

TRE agiliza processos para aplicar Lei da Ficha Limpa

Politica - RN


Maria da Guia Dantas - repórter

O presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte, desembargador Saraiva Sobrinho, é categórico ao se posicionar contrariamente à Lei da Ficha Limpa da maneira como ela foi julgada constitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Para ele, não há como conceber uma norma que gere efeitos anteriores e acabe por prejudicar as partes. O magistrado destacou, porém, que o TRE/RN está preparado para aplicar a lei sempre que for necessário, respeitando os recursos dos candidatos. Nesta entrevista, o falou também sobre as medidas adotadas pelo Tribunal para a eleição deste ano, análises de processos pendentes e rigor na fiscalização das contas dos candidatos. O presidente do TRE/RN disse ainda ser contrário ao voto obrigatório. A seguir, a íntegra da entrevista:
Aldair DantasFrancisco Saraiva Sobrinho, Presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/RN): Sobre a Lei, meu entendimento converge com o posicionamento da minoria que se formou no Supremo.Francisco Saraiva Sobrinho, Presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/RN): Sobre a Lei, meu entendimento converge com o posicionamento da minoria que se formou no Supremo.

Qual será a repercussão, no Rio Grande do Norte, após o Supremo Tribunal Federal ter atestado a legalidade da Lei da Ficha Limpa?

Tratando-se de decisão tomada em sede de controle de constitucionalidade, ela produz efeitos em todo território nacional. Nas eleições municipais a primeira análise das causas de inelegibilidade compete ao Juiz Eleitoral, no momento do registro, que tomará a decisão a partir do seu convencimento, enquadrando nos dispositivos da Lei Complementar 135/2010, conforme o caso concreto, as situações que lhe forem apresentadas. Havendo recurso, a decisão será submetida ao TRE, e esta Corte, enquanto Colegiado, se manifestará e formará sua linha de entendimento.

Candidatos que forem implicados na nova lei e se sentirem prejudicados podem recorrer de alguma forma? Quais seriam as opções?

Sim, com certeza. Os recursos, e demais meios de impugnar decisões judiciais previstos na legislação, estão disponíveis a todos os candidatos, partidos e coligações. Daí o cabimento de recurso eleitoral para o TRE contra a decisão prolatada pelo Juiz de 1º grau, e do recurso especial eleitoral, destinado ao TSE, quando a decisão for do regional. Da mesma forma é também cabível o recurso extraordinário, para o Supremo Tribunal, em face da decisão do TSE. Portanto, qualquer decisão que aplique a "Lei da Ficha Limpa", assim como disposições de outras normas, estará sujeita a recurso da parte que se viu prejudicada.

O senhor concorda com o entendimento adotado pela maioria dos ministros do STF?

Meu entendimento pessoal converge com o posicionamento da minoria que se formou no Supremo, sobretudo porque não tenho como conceber uma norma que vá gerar efeitos em relação a fatos anteriores à sua edição, retroagindo em prejuízo da parte. No entanto, na qualidade de julgador e dirigente do TRE, cumpre-me a observância das decisões emanadas da Corte Suprema. Em endosso à minha resposta repetiria o que disse o ministro Marco Aurélio, por ocasião do julgamento da Lei da Ficha Limpa: "Vamos consertar o Brasil de forma prospectiva, e não retroativa, sob pena de não termos segurança jurídica."

Como o TRE vai atuar diante da questão dos fichas sujas?

O TRE se manifesta obedecendo a colegialidade, baseado no entendimento da maioria dos votos colhidos dentre seus membros. Portanto, posso afirmar que este Tribunal priorizará, como sempre fez, o respeito às normas, princípios e instituições democráticas.

Como estão os preparativos do TRE/RN para as eleições municipais deste ano?

A Justiça Eleitoral vem se aprimorando, ano a ano, na organização dos pleitos eleitorais, até chegar ao nível de excelência, qualidade e presteza que se vê atualmente. O TRE-RN, no ano de 2011, se debruçou sobre o planejamento das Eleições 2012, por meio de diversos grupos de trabalho, com o fim de aperfeiçoar todos os procedimentos relativos à execução do pleito eleitoral, condensando tais informações em um documento, o Plano Integrado das Eleições, no qual cada etapa é descrita e gerenciada por um software, o Sistema PadLog. É preciso lembrar que o sucesso do Pleito depende de um prévio e árduo trabalho, a exemplo da manutenção de urnas, gerenciamento de dados partidários, controle das filiações partidárias, alistamento e transferência de eleitores, julgamentos dos processos judiciais, análise das prestações de contas, entre outros. Portanto, não se deve confundir a sazonalidade própria das Eleições com a rotina permanente da Justiça Eleitoral.

Dentro dos preparativos para 2012, o TRE está tentando reduzir o número de processos pendentes? Que providências serão adotadas para não acumular essas ações?

Ainda na condição de corregedor (do TRE/RN), no período de um ano, desenvolvemos um trabalho junto às Zonas Eleitorais, por meio de inúmeras correições e acompanhamento estatístico processual, com o valoroso apoio do então presidente, desembargador Vivaldo Pinheiro. Como resultado, foram prolatadas, aproximadamente, 5.000 sentenças no período de 31 de agosto de 2010 a 31 de agosto do ano seguinte, tais números representam o cumprimento integral da Meta 3/2011 do CNJ [Conselho Nacional de Justiça], portanto, foram solucionados todos os feitos que ingressaram nos cartórios eleitorais no período, e mais parcela do estoque. Já no exercício da Presidência, visando evitar novo acúmulo no período eleitoral, estamos implementando as seguintes ações, em atenção às Metas Gerais do CNJ para 2012: julgar mais processos de conhecimento do que os distribuídos em 2012; julgar 90% dos feitos pendentes de julgamento de 2008 a 2009; tornar acessíveis as informações processuais nos portais da rede mundial de computadores (internet), com andamento atualizado e conteúdo das decisões dos processos, respeitado o segredo de justiça; e constituir Núcleo de Cooperação Judiciária e instituir a figura do Juiz de Cooperação. Dentro desse espírito de planejamento foi instituído o Comitê Gestor das Metas para acompanhar e avaliar permanentemente as Diretrizes do CNJ, estando atualmente sob a presidência do juiz Jailsom Leandro.

Haverá novidades na fiscalização das prestações de contas dos candidatos na eleição municipal este ano? Esse é um dos aspectos que a ausência da reforma política deixou em aberto.

Foi criada uma força tarefa para análise dos processos de prestação de contas em tramitação nas Zonas Eleitorais que acumulavam mais de 50% do total de feitos tramitando na 1ª instância. Em 2012 daremos continuidade ao trabalho que já vem sendo desenvolvido, apontando para resultados satisfatórios a serem divulgados posteriormente com a conclusão das atividades. O TSE já aprovou a maioria das normas específicas acerca das eleições, mas ainda não o fez quanto à prestação de contas, embora ainda haja prazo até o dia 5 de março de 2012 para fazê-lo. Acredito na tendência de que a Corte Superior imponha limitações de elegibilidade àqueles que não tiveram suas contas aprovadas. É bom frisar que, atualmente, caso o candidato tenha sido omisso na apresentação de suas contas à Justiça Eleitoral, perderá uma das condições de elegibilidade decorrente da ausência de quitação.

O senhor acredita que uma proposta como a do financiamento público das campanhas, que não chegou a ser votada no Congresso, poderia sanar dificuldades nas prestações de contas?

Penso que sim, por tornar o processo mais simples face à existência de fonte única de recursos de campanha, facilitando assim a análise das contas, além de permitir aos candidatos concorrerem com paridade de armas.

Que outros aspectos do sistema eleitoral careciam de mudanças que a reforma política deixou de fazer?

Minha opinião é bem sedimentada. Eu acabaria com o voto obrigatório, afinal nós vivemos efetivamente uma democracia ou uma semidemocracia? Na hora que o eleitor é obrigado a ir votar a democracia não é plena.

Na eleição de 2010 houve questionamentos sobre candidatos fazendo campanha antecipada. Como o TRE vai se conduzir diante de eventuais denúncias no período pré-eleitoral?

A fiscalização da propaganda eleitoral irregular tem despertado enorme interesse da sociedade e atenção da mídia, conforme se observou nas Eleições de 2010. Neste aspecto, em razão das eleições serem municipais, merece destaque a atuação do juiz Eleitoral, que exerce o Poder de Polícia na Propaganda, visando coibir qualquer espécie de práticas ilegais. Todavia, tal atribuição não é solitária, porquanto concorre o auxílio dos demais agentes de fiscalização, a exemplo do Ministério Público Eleitoral, Partidos Políticos, Imprensa etc. Destaco a necessidade de atuação do próprio cidadão para que denuncie as condutas irregulares, utilizando os canais que o Tribunal disponibiliza à sociedade, tais como disque - denúncia, denúncia on-line e outros.

Eleição deste ano funcionará como laboratório para o PSD

Politica - RN


Enquanto alguns políticos aproveitaram o Carnaval para descansar, rever parentes e fazer um giro pelo exterior, o vice-governador Robinson Faria aproveitou os dias de folga para rodar o Rio Grande do Norte: "Fiz um roteiro bem extenso, rodei 1.500 quilômetros", disse ele nas redes sociais, ao anunciar uma parada estratégica "para recarregar as baterias". Ele andou por Caicó, Areia Branca, Macau, Tibau e outros municípios e, além de conhecer o Carnaval dessas cidades, disse que, "naturalmente", falou-se em política: "A gente chegava numa cidade e sempre indagavam assuntos políticos, tratando-se, também, que 2012 é um ano eleitoral".
Adriano AbreuRobinson: conversas em meio à folia sobre o processo sucessórioRobinson: conversas em meio à folia sobre o processo sucessório

Pelo calendário eleitoral, faltam três meses para a largada das convenções partidárias para homologação dos candidatos a prefeito e vereador nos 167 municípios do Rio Grande do Norte - de 1º a 30 de junho. "Nós vamos debater as alianças o máximo possível, porém não temos pressa em antecipar decisões, porque também dependemos dos nossos parceiros políticos", continuou ele.

Segundo Faria, o partido do qual é presidente estadual, o PSD, está presente em 132 municípios. Desses, ele estima que entre 55 e 65 terão candidatos do PSD a prefeito, enquanto nos outros serão lançados candidatos a vice-prefeito e a vereador, "porque também temos de ter um partido forte no legislativo municipal".

O vice-governador também disse que dos atuais 15 prefeitos do partido, pelo menos dez serão candidatos à reeleição no pleito de outubro deste ano. Na região Agreste, onde é sua principal base eleitoral e política, Robinson Faria disse que o PSD terá 30 candidatos a prefeito.

Nos dois maiores colégios eleitorais do Rio Grande do Norte, que são Natal e Mossoró, Robinson Faria voltou a dizer que "não teremos candidatos próprios", mas que está dialogando com outros partidos da base oposicionista.

Ele também explicou que como faltam só 90 dias para o início das convenções, não fará encontros regionais para debater a sucessão municipal, mas admite que, como presidente de um partido, tem conversando individualmente com lideranças municipais: "Mas qualquer decisão será coletiva, inclusive ouvindo os deputados do nosso partido". No entanto, Faria afirmou que as alianças e apoios políticos feitos com PSD serão feitas "como uma semente para 2014", quando haverá eleições para governador, senador, deputados federais e estaduais.

Além disso, Faria reafirma que o PSD não tem nenhum constrangimento em fazer alianças com partidos da base governista: "Não sou oposição ao Rio Grande do Norte, porque pela liturgia do cargo de vice-governador, estou à disposição do Estado, mas sou oposição à governadora".

Ele disse que de sua parte "não tem preconceito nenhum" em apoiar candidatos a prefeito do DEM, PMDB ou outros partidos da situação, até porque muitos dos pré-candidatos a prefeito desses partidos já o acompanhavam há alguns anos e como demorou a formação e legalização do PSD, "muitos tiveram que se filiar a outros partidos" para não ficar sem legenda e assim poderem sair candidatos.