sábado, 24 de maio de 2014

Cirurgiões vasculares vão pedir exoneração do HWG

Saúde - RN

Reportagem da TRIBUNA DO NORTE

Os pedidos ainda não chegaram oficialmente à Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap), mas o secretário Luiz Roberto Fonseca, conversou 45 minutos, no começo da noite de ontem, com cinco cirurgiões vasculares que estão se demitindo do Hospital Walfredo Gurgel. São eles: Gutemberg Gurgel, Edson Barreto, Davi Rosado, Ricardo Wagner e José Linhares. Destes, o secretário de Saúde do Estado disse que há pelo menos um mês já sabia de um pedido de exoneração, que ainda não chegou às suas mãos, do médico Gutemberg Gurgel, enquanto outro dos sete cirurgiões vasculares lotados no HWG estavam encaminhando sua aposentadoria.

Júnior SantosReunião entre Luiz Roberto e médicos busca alternativas para não prejudicar atendimentoReunião entre Luiz Roberto e médicos busca alternativas para não prejudicar atendimento

A saída dos cirurgiões vasculares do HWG ocorre, praticamente, dois meses depois de a Sesap exigir que os médicos  passassem a prestar serviços de carga horária complementar, através de contratação feita pela Cooperativa Médica, presencialmente. Até março deste ano, os cirurgiões vasculares que tinham plantões complementares pela Cooperativa Médica ficavam de sobreaviso.

O secretário Luiz Roberto  Fonseca afirmou, ontem, logo depois da reunião em seu gbinete,  que respeita a decisão dos médicos, mas enquanto for o titular da Sesap não vai concordar com essa modalidade de prestação de serviço, “porque não existe possibilidade jurídica” para assim mantê-lo.

Segundo o  secretário, os cirurgiões vasculares trabalham em plantões de 12 horas, mas a escala - como não existem profissionais suficientes na área - , é feita com dois profissionais, um fica de plantão presencial e outro de sobreaviso, para o caso dos contratos pelo regime estatutário.

O secretário Luiz Roberto informou ainda que um plantão médico pela cooperativa é pago à razão de R$ 1,2 mil (por plantão) a cada cirurgião vascular. Ele ofereceu a eles uma elevação no valor dos plantões para R$ 1,9 mil, o que já é pago para os neurocirurgiões e cirurgiões ortopedistas, por exemplo. “Não posso pagar outro valor que seja diferente dos demais profissionais”, continuou o secretário.

No caso de não haver um acordo com os cirurgiões vasculares e eles confirmarem os pedidos de exonerações, o secretário de Saúde disse que uma alternativa para não deixar a população sem a prestação desse serviço, que é imprescindível num hospital referenciado em traumatologia como o HWG, “é abrir uma licitação nacional para a contratação terceirizada de outros profissionais”.

terça-feira, 20 de maio de 2014

Carlos Eduardo e Agnelo Alves vão peitar Henrique Eduardo?

Política - RN - Eleições 2014

 Diógenes Dantas,

Carlos Eduardo Alves arrancou de Henrique o compromisso de apoios para o PDT eleger um deputado federal e dobrar cadeiras na AL. 
Que o PDT está em pé de guerra com PMDB, PR e PSB, todo mundo já sabe. A grande dúvida é a reação de Carlos Eduardo Alves. Poucos acreditam que o prefeito de Natal volte atrás na decisão de apoiar Henrique Eduardo Alves.

As bases do PDT ameaçam romper com o bloco que forma o projeto eleitoral de Henrique caso não receba apoios na chapa proporcional - a legenda de Carlos Eduardo almeja eleger um federal e dobrar a representação na Assembleia Legislativa.
O argumento do PDT é que abriu mão de vaga na chapa majoritária em favor de espaços para o legislativo. Falta reciprocidade.

Para contar com o apoio do PDT, Henrique Eduardo Alves se comprometeu em abrir espaços para o partido do prefeito Carlos Eduardo Alves. Mas o que se vê na realidade é o PDT alijado do parlamento. Sem chance de emplacar o federal e correndo riscos na composição da futura AL.
Às vésperas das convenções partidárias, o PDT não recebeu um apoio sequer. Nada do que foi prometido saiu do campo da promessa, não passou das boas intenções.

A principal reclamação dos pedetistas ocorre no projeto para eleger um deputado federal. Henrique Eduardo Alves deu lugar a Walter Alves no PMDB. João Maia, pré-candidato a vice, colocou a irmã Zenaide Maia para disputar a vaga que ocupa em Brasília pelo PR. E Wilma de Faria (PSB) teria compromisso com Rogério Marinho (PSDB).

"Alguém tem de abrir espaços para o PDT, como foi prometido. Senão, vamos ter de reavaliar o apoio para chapa majoritária", disse o dirigente do PDT.
Setores do PDT Jovem e do PDT Mulher já externaram a insatisfação e querem uma posição firme da cúpula do partido.

Termino o comentário do jeito que eu comecei: a grande dúvida reside na reação de Carlos Eduardo Alves e também de Agnelo Alves.
O componente familiar tem pesado como nunca na opção de Carlos Eduardo no apoio a Henrique.
Fala-se que ele seria grato a Henrique e também a Garibaldi pelas portas abertas do governo federal à administração em Natal.

Pode ser. Mas há quem diga que o compromisso com Henrique Alves foi fechado durante a campanha municipal, quando Carlos Eduardo correu sério risco de de diplomação por conta da cassação imposta pela então formação da Câmara Municipal sob a influência da borboleta Micarla de Sousa.
Comenta-se que o prestígio de Henrique Eduardo em Brasília salvou o mandato de Carlos Eduardo, um pedido do tio Agnelo com a chancela de toda a família Alves naquela ocasião.
Um detalhe: naquela eleição, o candidato do PMDB era Hermano Morais.

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segunda-feira, 19 de maio de 2014

Deputado Paulo Wagner abre o jogo e assume pedido de aposentadoria de R$ 27 mil

Politica - RN

Reportagem do JORNAL DE HOJE

Mesmo com documentos em mãos, o deputado tentou desmentir O Jornal de Hoje; Agora, assume intenção de se afastar por invalidez
    


67i76i67i67i67i6ii6A transparência que o deputado federal Paulo Wagner, do PV, tanto fala em seu programa de rádio pela internet pode ter faltado a ele mesmo quando se trata do pedido de aposentadoria por invalidez que ele requereu na Câmara Federal, em Brasília. Afinal, pouco tempo depois de negar a reportagem d’O Jornal de Hoje que havia feito o pedido oficial a Casa, mesmo com o JH com documentos em mãos que mostravam o contrário, agora, Paulo Wagner confirmou o interesse na aposentadoria.
E disse mais: se não conseguir a aposentadoria até as eleições, vai para a reeleição para ter mais quatro anos para isso. A solicitação, agora confirmada por Paulo Wagner, teria sido embasada na situação de saúde do parlamentar, que já teria implantado quatro stents e perdido um dos rins.
O pedido foi protocolado em agosto do ano passado na Casa Legislativa, mas pouco andou nas mãos do colega de bancada potiguar, o presidente da Câmara Federal, Henrique Eduardo Alves. Como com ele não resolveu, mesmo depois que Paulo Wagner anunciou o apoio a ele na disputa pelo Governo do Estado, o deputado do PV procurou o ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, do PMDB. A intenção seria conseguir uma perícia médica para embasar o pedido de aposentadoria.

SEM TRANSPARÊNCIA

No dia 17 de abril, O Jornal de Hoje teve acesso ao pedido de aposentadoria por invalidez, feito pelo deputado federal Paulo Wagner e buscou a assessoria de imprensa do parlamentar, que negou a hipótese dele ter solicitado a aposentadoria e, também, que ele poderia não disputar a reeleição neste ano para a Casa Legislativa – as duas informações, no entanto, foram agora negadas por Wagner.
Outra falta de transparência do parlamentar do PV, facilmente percebida, é que ele confirmou o pedido, mas disse não saber se terá os rendimentos integrais do cargo de deputado federal. Entretanto, quando apresentou o pedido baseado em parecer dos médicos Jezreel Avelino da Silva, Marília Bonfim e Silva de Morais e Paulo Nery de Oliveira, Paulo Wagner alegou que “é portador da patologia elencada na Lei nº 9.506, de 1997, art. 2º, inciso I, alínea ‘a’”.
E, no artigo 2º, é afirmado: “o Senador, Deputado Federal ou suplente que assim o requerer, no prazo de trinta dias do início do exercício do mandato, participará do Plano de Seguridade Social dos Congressistas, fazendo jus à aposentadoria: I – com proventos correspondentes à totalidade do valor obtido na forma do § 1º: a) por invalidez permanente, quando esta ocorrer durante o exercício do mandato e decorrer de acidente, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificadas em lei”.

Além disso, o parlamentar também apoiou a Proposta de Emenda à Constituição 170/2012 (PEC 170), de autoria da deputada federal Andreia Zito (PSDB-RJ), que garante proventos integrais aos servidores públicos aposentados por invalidez permanente, independentemente do tipo de doença. “Espero que essa PEC, vá, imediatamente, para julgamento na Câmara, porque vou estar lá não só para votar, mas fazendo pressão e dizendo aos meus ilustres colegas para votar a favor dos aposentados por invalidez porque eles precisão”, afirmou Paulo Wagner, por meio do seu programa de rádio na internet – no mesmo dia, ele ressaltou a importância dos deputados agirem com transparência diante de seus eleitores.

REELEIÇÃO

Se legisla em causa própria ou não quando defende a PEC 170/2012, o fato é que Paulo Wagner confirmou ter um “plano B” para o caso da aposentadoria, mesmo com os “amigos” Henrique e Garibaldi, não ser viabilizada até o segundo semestre: deverá tentar a reeleição para a Casa Legislativa federal. Dessa forma, ele terá, pelo menos, mais quatro anos para conseguir concretizar o pedido. (CM)

domingo, 18 de maio de 2014

Marcha dos Prefeitos alimenta mercado do sexo em Brasília

Política - Marcha dos Prefeitos 

Garotas de programa chegam a se deslocar de outras cidades para atender à demanda; prefeitos pagam até R$ 1 mil por um programa e R$ 500 por uma garrafa de uísque 8 anos 

Aplee's Night Club, casa noturna localizada no setro de indústrias e setor de hotéis em Brasília. Foto: Divulgação A 17ª Marcha dos Prefeitos movimentou de forma anormal não apenas os corredores do Congresso Nacional e o trânsito na Esplanada dos Ministérios. Outro círculo também se preparou para absorver a movimentação dos prefeitos que vieram do Brasil todo para o encontro. Prostitutas que fazem ponto nas boates mais conhecidas da capital federal também se prepararam para o trabalho extra. Além dos chefes dos executivos municipais, contribuem com a prosperidade do mercado de sexo nos três de dias do evento assessores e vereadores.

Desde o início da semana, muitas garotas de programa se disseram empolgadas com um crescimento do movimento. Uma delas, que trabalha há aproximadamente cinco anos e se identificou como Morgana, contou que a Marcha dos Prefeitos tem sido um dos principais eventos das profissionais do sexo. “É muita gente e sem dúvida a demanda cresce nesse período. Depois desse encontro de prefeitos, as coisas vão melhorar apenas na Copa do Mundo”, afirma Morgana.

Eduarda, outra profissional do sexo que a reportagem manteve contato, também revelou animação com o encontro de Prefeitos. “É um período que dá para faturar fácil. Muitos prefeitos aproveitam para fazer em Brasília o que não podem fazer em casa”, admite ela, funcionária de uma casa noturna. “Mas é bom ficar de olho. Muitos deles (clientes) são muito discretos, hoje tem muita mídia em cima”, acrescenta ela. “Tá parecendo pescaria, nem dá tempo de sair do táxi que alguém já fisga. Tá demais essa Brasília”, ilustrou um deputado da base governista sobre a agitação do mercado do sexo durante esta semana.
O preço do programa varia bastante, dependendo do perfil da prostituta e do local da abordagem. Em geral os valores giram entre R$ 200 e R$ 500 em alguns dos pontos visitados pela reportagem, mas o movimento ajuda a puxar os preços. Uma das garotas conta que conseguiu subir o valor para R$ 1 mil.

Concorrência das forasteiras

A demanda incomum que gera disputa entre as garotas de Brasília atrai também profissionais de fora da capital federal. Na Alfa Pub, que fica na região central de Brasília, um dos funcionários revela que a notícia a respeito do Encontro de Prefeitos atrai garotas que trabalham em Goiânia, mas que não hesitam em percorrer os cerca de 200 quilômetros que separam a cidade de Brasília para faturar um extra. A chegada das goianas acirra a concorrência, mas os clientes não reclamam do aumento da oferta. A reportagem presenciou a animação de prefeitos que chegavam ao local. Inicialmente tímidos, eles logo entravam no clima.

Mas o movimento incomum e tudo aquilo que a clientela de fora da cidade traz atrapalha o mercado, na opinião de algumas garotas de programa. É a opinião de Camille, por exemplo, que forneceu cartão para reportagem perto do Alfa. “Muitos políticos vêm de lugares que não têm muitos recursos financeiros. Eles vêm justamente atrás de verbas e não têm muito dinheiro para gastar com garota de programa e isso acaba tumultuando. Talvez a presença deles seja boa para aquelas que cobram mais barato, para mim não”, diz ela.

Funcionários da casa noturna Apple’s, uma das principais de Brasília, admitiram que a movimentação atípica não mexe somente no quadro de garotas disponíveis, mas também cobra uma atenção especial com o bar. Em dias como terça-feira, por exemplo, o movimento foi comparado ao entra e sai dos finais de semana, quando o trânsito de clientes é maior. A boate preparou seu estoque de bebidas com essa previsão.
Taxistas também ficaram animados com a possibilidade de um lucro a mais com o encontro de prefeitos. Eles admitiram que recebem R$ 50 das boates para cada político que eles conseguem levar para as casas de strip-tease. Um taxista que preferiu não se identificar admitiu que somente na noite da última terça-feira, levou seis prefeitos a uma casa de strip-tease.

Dentro das boates, a movimentação foi intensa na última terça-feira. Na Apple´s Night Club, conseguiu se identificar pelo menos 30 prefeitos de cidades do Ceará, Santa Catarina, Acre, Paraíba e Piauí. Por volta das 23h20, por exemplo, chegou na Apple’s, de uma só vez, uma comitiva com cinco prefeitos cearenses em busca de diversão. Havia petistas, pemedebistas e petebistas entre os prefeitos identificados.
A rede hoteleira, superlotada, também viveu dias atípicos. A movimentação das prostitutas chamavam a atenção até mesmo os funcionários, acostumados com o assedio das profissionais do sexo a alguns clientes. Houve até quem relatasse ter sido abordado nos corredores de um hotel de luxo. “O senhor é prefeito?”, perguntou uma prostituta a um dirigente partidário que estava apenas de passagem por Brasília na quarta-feira e se hospedou num hotel de luxo da capital.

A proximidade do setor hoteleiro é uma vantagem da Alfa Pub. A entrada do bar, que não passa de um salão tosco com mesas e um balcão sem um pingo de glamour, fica a menos de 50 metros da entrada de um hotel. Algumas profissionais se revezam entre o bar, no qual pagam R$ 40 de entrada, e as adjacências. Muitas conseguem emplacar um programa atraindo clientes do hotel. As meninas que fazem ponto no bar enfrentam ainda a concorrência de colegas que atuam do lado de fora.

Além das prostitutas que trabalham na rua, muitas fazem ronda, dentro do carro. Distribuem cartões e fazem ofertas aos transeuntes. Algumas roubam clientes do bar esbanjando simpatia e sensualidade e fecham o programa com clientes que estão a caminho do Alfa, mas, seduzidos no caminho, desistem do bar e vão direto ao que interessa.

Concorrência online

Apesar do crescimento notado pelos profissionais que trabalham nas boates, alguns admitem que já houve dias melhores. Funcionário do Star Night, casa que a exemplo do Alfa Pub funciona como ponto de encontro, admite que o assédio da mídia e reportagens que falam sobre a orgia dos políticos na capital provocaram a desconfiança geral. Muitos preferem usar portais especializados em oferecer o serviço de garotas de programa a ter de comparecer a uma boate.

A disseminação de celulares com câmera também contribuiu para aumentar o receio dos prefeitos. “Hoje em dia, qualquer um saca o celular e faz uma foto. Eles ficam com medo”, diz um funcionário da Star Night. Segundo o mesmo funcionário, esse tipo de coisa relativizou o crescimento do movimento em algumas casas, sobretudo as menores e aquelas que, ao contrário da Apple’s, não oferecem nenhum diferencial, como shows de strip-tease. Além disso, a expectativa em torno da Copa do Mundo deixou todo o mercado relativamente preparado. E a Copa das Confederações funcionou como laboratório para os proprietários.
A internet só não consegue suprir o desejo dos grupos que, além de sexo, procuram um ambiente para farrear ao lado de garotas de programa em confraternizações regadas a muito álcool. Um garçom do Alfa Pub conta que os grupos esvaziam garrafas de uísque com uma velocidade que chama atenção até dos consumidores mais assíduos. “Em meia hora eles acabam com uma garrafa de uísque”, diz o garçom. A garrafa do scotch mais barato, envelhecido 8 anos, sai por R$ 500, mas se escolher bebericar em doses a mesma quantia custa R$ 720. O mesmo uísque é vendido em mercados da cidade por R$ 80. Na Apple’s, uma lata de cerveja chega a custar R$ 25, a mesma cerveja é vendia a R$ 2 em mercados de Brasília. A caipirinha feita com vodka é vendida por R$ 45.

Fonte: IG

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PDT ameaça retirar apoio a Henrique Alves e Wilma de Faria e provoca crise no acordão

Política - Eleições 2014

Insatisfação das bases do PDT com descumprimento de acordo na proporcional, pode gerar rompimento.


HENRIQUE-CADUO acordão enfrenta sua primeira crise após o anúncio oficial da chapa Henrique Alves/Wilma de Faria. O presidente do PDT em Natal, Kleber Fernandes, disse que o partido poderá reavaliar a intenção de apoio já declarada à chapa que terá o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves (PMDB), como candidato a governador, e a vice-prefeita de Natal, Wilma de Faria (PSB), disputando o Senado. Segundo Kleber Fernandes, há insatisfação nas bases e na militância pedetista em razão da falta de reciprocidade da chapa majoritária para com o projeto do PDT nas eleições de 2014, que é eleger um deputado federal e aumentar a bancada de deputados estaduais na Assembleia Legislativa. Essa insatisfação, de acordo com ele, poderá resultar na reavaliação de apoio do PDT, partido presidido no Estado pelo prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves, integrado pelo prefeito de Parnamirim, Maurício Marques, responsáveis pelos primeiro e terceiro maiores colégios eleitorais do Estado, que poderão apoiar, até, a candidatura do vice-governador Robinson Faria (PSD) a governador.

Na avaliação de Kleber Fernandes, as convenções partidárias são em junho e, a despeito da declaração de apoio do PDT à chapa majoritária no evento do PMDB, os convencionais são soberanos e poderão surpreender. “A gente tem analisado, internamente, junto à militância do PDT, porque está surgindo uma insatisfação do partido com relação à chapa majoritária. E sinto que isso pode encaminhar inclusive para uma reavaliação do apoio do PDT à chapa majoritária”, afirmou Kleber, em entrevista ao Jornal de Hoje.
De acordo com o dirigente, que é o atual secretário-chefe do Gabinete Civil da Prefeitura de Natal, tido como principal auxiliar do prefeito Carlos Eduardo, o PDT não pleiteou nem fez nenhuma imposição para participar da chapa majoritária, seja indicando o vice-governador ou senador, nem firmou posição para a indicação de suplências do Senado.

“Ou seja, o PDT, que é um partido que tem uma representatividade eleitoral com muita substância, densidade, tendo a Prefeitura de Natal, a Prefeitura de Parnamirim, 36 vereadores no RN, o primeiro e o terceiro maior colégio eleitoral do Estado, precisava, dentro dessa intenção de apoio, haver uma reciprocidade por parte da chapa majoritária”, cobrou. “Até porque, o projeto do PDT é a eleição de um deputado estadual, conquistar uma vaga de deputado federal, e poder, a partir daí, no que é uma intenção não do diretório estadual, mas da executiva nacional do partido, porque é necessário que o PDT se fortaleça no Congresso, e para o RN, sobretudo a Prefeitura, é muito importante que tenhamos um deputado federal captando recursos junto a Brasília, abrindo portas, ministérios e fazendo interlocução com o governo federal, de forma que temos o projeto de conquistar uma vaga na Câmara federal e ampliação de vagas na Assembleia”, continuou.

Nesse sentido, o presidente do PDT em Natal explica que o partido esperava reciprocidade da chapa majoritária, com a cessão de colégios eleitorais do PMDB de Henrique e do PSB de Wilma para o PDT de Carlos Eduardo. “Política deve ser tratada como via de mão dupla, de forma que os colégios eleitorais pertencentes ao PMDB e ao PSB possam ser repassados a ajudar a compor a formação dos votos necessários para garantir a eleição do deputado federal e ampliação na Assembleia. E o que temos sentido na nossa militância é que, na prática, as pessoas estão sentindo que não está acontecendo de fato”, disse.
Kleber realça a proximidade das convenções, agora em junho, para alertar a gravidade da situação.

“Estamos prestes a realizar convenção, no final do próximo mês, e as convenções são soberanas. O que significa que, independente da intenção de apoio declarada pelo PDT no evento do PMDB, isso poderá ser reavaliado internamente. E essa é a intenção de grande parte dos militantes do partido. A convenção é soberana. Vai decidir de fato qual será o apoio que o PDT vai dar à chapa majoritária. Então, isso vai ser decidido em convenção. A convenção é soberana e pode, realmente, diante do quadro, hoje, haver uma reavaliação”, reforça o secretário do prefeito.

Apesar de ressaltar a insatisfação dentro do PDT, Kleber Fernandes adianta que ainda espera pela reciprocidade. “Para que o PMDB e o PSB possam reconhecer o peso eleitoral que o PDT tem e representa no estado do RN, partido que tem o prefeito da capital com avaliação positiva superior a 75%. É um apoio que deve ter o devido respeito, a atenção, e a consideração devida, face a representação político eleitoral”.

Sobre a possibilidade de apoiar outra candidatura, como a de Robinson e a de Fátima, o dirigente pedetista disse: “Lógico, podemos reavaliar nesse sentido. Se for decidido no âmbito da convenção, terá que ser cumprido pela direção do partido. E no cenário atual, nós estamos percebendo uma insatisfação considerável junto à militância e às bases do partido. O PDT vai discutir internamente e estamos programando uma reunião interna com a Direção Estadual do partido e alguns diretórios municipais, para discutirmos os rumos do partido nessa eleição de 2014″, finalizou.

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